Bem vinde ao relançamento do blog

Este espaço marca a continuidade de uma caminhada. Um movimento de partilha, onde pensamentos, saberes, colaborações e memórias se entrelaçam. Aqui, desejo ampliar o diálogo sobre moda, mas para além do close: pensar moda como linguagem, comportamento, ancestralidade e estratégia.

Sou Amanda Coelho, conhecida como Diva Green. Nascida e criada na Cohab 2, Zona Leste de São Paulo, no Brasil, sou artista, trançadeira, mercadora, produtora cultural e de negócios, pesquisadora, designer de moda e uma mulher em constante movimento. Herdeira de muitos legados, entre eles o das trançadeiras, por onde caminho grande parte dos territórios, construindo redes, ativando memórias e criando experiências que possam colaborar e reverberar positivamente na reparação histórica afrodiaspórica e no bem viver.

Ser trançadeira me conectou com portais, e foi através das tranças que descobri possibilidades de reconexão com histórias que me foram negadas, que pude acessar meus propósitos e criar impacto em minha própria vida e também no meu entorno. Isso me impulsionou a desenvolver projetos, criar uma produtora de moda afrofuturista e decolonial, e aprofundar nos sentidos do que é beleza, e como ela dialoga diretamente com arte, cultura e política.

Este blog faz parte do meu processo de escrita, de registrar, nomear e compartilhar. É também uma forma de colaborar com a construção de memórias e de narrativas mais expansivas e coletivas, a partir do legado das trançadeiras. O ponto de partida é a moda, entendida como forma de comunicar o que somos, o que desejamos, o que herdamos e o que projetamos. Os nossos cabelos, por exemplo, contam histórias. E é sobre essas histórias que quero escrever, dialogar com vocês. Então, fiquem à vontade para sugerir temas.

Aqui não há verdades absolutas, mas há força nas intenções, desejo de troca em busca de construções coletivas. Acredito nos pequenos movimentos que somam e dão forma aos grandes movimentos. Acredito na potência das redes, nos encontros, na imaginação radical como ferramenta de transformação.

Este é um convite para pensarmos Afrofuturos prósperos e caminhos possíveis, onde a beleza também é reparação e pertencimento.

Obrigada por chegar até aqui. Vamos juntes por esses portais.

Com afetos,

Diva