Levar o trançado para Brasília: minha arte, meu legado, na 5ª CONAPIR
Estarei em Brasília do dia 15 ao dia 19 de setembro participando da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial a CONAPIR levando meu trabalho, minha arte, minhas pesquisas e minhas histórias para estar ali, presente, contribuindo para esse grande movimento de democracia racial.
TRAJETÓRIA
Amanda Coelho
9/15/20252 min read


A CONAPIR é organizada pelo Ministério da Igualdade Racial, sob o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”. Após hiato de sete anos, este momento marca uma retomada importante das discussões nacionais sobre políticas de promoção da igualdade racial. O evento reúne representantes eleitos estaduais e municipais, povos indígenas, comunidades quilombolas, população de terreiro, juventude negra, movimentos LGBTQIA+, observadores e expositores.
Por que estar na CONAPIR importa
Participar de uma conferência como essa significa ocupar um lugar político de escuta, de intervenção e de afirmação. É oportunidade de mostrar que aquilo que produzimos enquanto arte, estética, pesquisa, cuidado ancestral, não é secundário: é essencial para pensar justiça racial, reparação, e visibilidade.
Levo meu trançado, meus adornos, minha forma de vestir o corpo-território para contar histórias que muitas vezes ficam fora do debate institucional, mas que precisam ser ouvidas. Estar ali me conecta com outros saberes, me fortalece como criadora, como mulher negra, como pesquisadora, mas também me permite impactar realidades coletivas.
O meu papel: contar histórias, ativar estética, afirmar identidades
Dentro da conferência, vou expor sobre os adornos sua relevância estética, simbólica, ancestral e partilhar sobre como eles dialogam com identidade, pertencimento e visibilidade. Quero mostrar que adornar o corpo não é futilidade, mas registro de memória, afirmação política e estética de continuidade.
Minha presença é também reconhecimento de que cada peça, cada técnica, cada adorno que eu crio, é fio de memória. É ponte entre ancestralidades, entre geração que veio antes de mim e aquelas que virão. É quebrar invisibilidades, reescrever narrativas com beleza, afeto e potência.
O que espero deste encontro
Fortalecer redes de afeto, arte & ativismo, com outros participantes da conferência;
Articular projetos futuros que unam estética, ancestralidade e políticas de reparação;
Visibilizar meu trabalho, para que o trançado, o adorno e a moda afrofuturista sejam reconhecidos como parte fundamental das políticas de igualdade racial;
Levar de volta para minha rede aquilo que ouvir, aprender ser ponte, tanto estética quanto de ação cultural.


Nesse sentido, se você está na Conferência, me procure para s gente fomentar por esses portais de beleza.